31 de maio de 2008

Entrevista Com Lee Pace De ‘Pushing Daisies’

Indicado para o Globo de Ouro de melhor ator, Lee Pace era um calouro no meio dos veteranos como David Duchovny e Steve Carell. Com 29 anos e boa experiência em teatro, Pace começou a atuar na TV em 2002 e ganhou um papel de destaque no cinema em ‘O Bom Bastor’. Em março, esteve no Brasil para divulgar a série ‘Pushing Daisies’. Confira a entrevista.

‘Pushing Daisies’ tem um visual único, que parece uma mistura dos filmes de Tim Burton com ‘O Fabuloso Destino de Amélie Poulain’. No cinema já estamos acostumados a ver isso, mas na TV é algo novo. Você acha que essa é a razão do sucesso da série?
Eu acho que, em parte sim. As pessoas se interessam por algo novo, que pareça diferente. A série tem apelo, faz as pessoas se sentirem bem e rende boas risadas. A parte romântica também é bem explorada. Todos esses elementos combinados tornam a série interessante.

Como você entrou no programa? Sei que você participou da série ‘Wonderfalls’, co-criada pelo mesmo Bryan Fuller de ‘Pushing Daisies’. Foi ele que o chamou?
Na verdade, ele ligou para meu agente para ver se eu estava interessado. O engraçado é que havia acabado de discutir isso com meu agente, de não fazer TV para dar atenção ao cinema. Quando li o roteiro, adorei. Achei que era melhor do que muitos roteiros de cinema que havia recebido. Resolvi ligar para parabenizá-lo. Foi quando ele disse que tinha escrito o personagem especialmente para mim. Aí pensei que seria um tolo se deixasse passar uma oportunidade como essa. Era um material excelente. E sempre tomei minhas decisões com base em um bom texto.

E como é trabalhar com Bryan Fuller? Ele está sempre por perto durante as filmagens?
Sim, o escritório dele é do lado de onde filmamos e ele quase sempre está presente. Ele ajuda em tudo, até na hora da edição. É um bom líder, tem excelente ponto de vista e entende muito bem o tom que a série deve ter. Além de ser divertido trabalhar com ele.

Já começaram a rodar a segunda temporada?
Ainda não, começaremos a rodar em junho. Anna (Friel, que interpreta Charlotte Charles na série) está trabalhando agora em ‘Land of the Lost’, com Will Ferrell (adaptação da antiga série ‘O Elo Perdido’).

Você tem uma carreira no teatro, a adaptação na TV e no cinema foi difícil?
Eu fazia uma peça por ano, menos no ano passado por causa do início de ‘Pushing Daisies’. Amo o teatro, mas trabalhar na TV ou no cinema é algo completamente diferente. No teatro, você ensaia por quatro semanas, mas tem o texto inteiro nas mãos. No cinema, você possui pequenos momentos e tenta fazê-los da melhor maneira possível. Já na televisão é um trabalho árduo, diário. Você pode levar anos desenvolvendo seu personagem.

Como foi a experiência de trabalhar em ‘O Bom Pastor’?
Foi como uma aula de interpretação. Quero dizer, trabalhar com Robert De Niro, Angelina Jolie, William Hurt, Matt Damon... Foi uma chance única apenas estar entre eles.

Quais são seus próximos filmes no cinema?
Tenho três filmes que estão saindo este ano. O primeiro é ‘Miss Pettigrew Lives for a Day’, com Amy Adams. Depois é a vez de ‘The Fall’, dirigido por Tarsen Singh (de ‘A Cela’). Ele é ótimo. É um grande épico que filmamos há três anos. Em seguida é a vez de ‘Possession’, suspense onde contraceno com Sarah Michelle Gellar.

(Créditos: Ricardo Matsumoto)

30 de maio de 2008

Finais De Temporada

Os próximos dias prometem emoções para os fãs das séries do ‘Warner’. De 2 a 5 de junho, acontece a já famosa Semana do Clímax, quando o canal exibe os desfechos das atuais temporadas. Dez produções encerram o ciclo:


Cold Case
Without a Trace
The Big Bang Theory
Two and a Half Men
Smallville
Supernatural
Gossip Girl
Pushing Daisies
ER
Moonlight


Sou Nerd, Mas Tô Na Moda

Você sabe o que é um nerd: aquele cara meio estranho, sem vida social, que adora ciência e tecnologia e tem hobbies obscuros (tipo colecionar gibis japoneses). Se alguém o chamar de nerd - ou de geek, um subtipo nerd, mais descolado e viciado em brinquedos tecnológicos, provavelmente não está fazendo um elogio. Ou está? Por incrível que pareça, o nerdismo está na moda. Olhe na TV e no cinema e você perceberá isso.

Atém o fim dos anos 90, as séries mais populares eram as comédias urbanas, como Friends e Seinfeld. Em 2008, muitos dos sucessos da programação têm uma queda nerd: seja solucionando crimes com alta tecnologia (os detetives de CSI), reinventando a medicina (o cabeçudo doutor de House), discutindo conceitos da física (as teorias por trás de Lost) ou criando computadores (em Heroes). Essa overdose científica não acontece à toa. É o resultado de uma tendência: a temática dá boa audiência e as emissoras resolvem investir mais dinheiro nela. Tanto que uma das maiores apostas para a temporada é a série The Big Bang Theory (‘A Teoria do Big-Bang’), onde os protagonistas, físicos do Instituto de Tecnologia da Califórnia, tentam conquistar garotas declamando conceitos da Teoria da Relatividade. No horário nobre.

“Agora, ser geek é legal”, anunciou o vice-presidente da rede NBC, que tinha Heroes e acaba de lançar Chuck, sobre um nerd que recebeu no cérebro o download de informações sigilosas. As pessoas comuns estão ficando mais nerds, e os nerds estão ficando mais normais. Isso não quer dizer, claro, que eles sejam totalmente normais. Alguns ainda estão longe disso. Imagine que, ao ver a namorada triste, o rapaz queira dizer algo para acalmá-la. “A vida é cheia de paradoxos. Como a luz, por exemplo. Ela é uma onda, mas aí veio Einstein e mostrou que ela também se comporta como partículas.” Ainda existem coisas que só meganerds, como o físico Leonard, protagonista de The Big Bang Theory, é capaz de fazer.

(Créditos: Bruno Garattoni)


A Ciência Médica De ‘House’

De Andrew Holtz Editora Best Seller 288 páginas preço R$ 29,90

A idéia do jornalista Andrew Holtz foi brilhante. Especialista na área de saúde, Holtz aproveitou o sucesso da série House para lançar um livro que utiliza uma linguagem didática para desvendar a ciência médica por trás do programa de TV. Com base em entrevistas com profissionais e especialistas no assunto, ele aproveita alguns casos apresentados nas duas primeiras temporadas da série para traçar um paralelo entre realidade e ficção. Além de revelar o funcionamento de alguns equipamentos (como o aparelho que realiza o exame de ressonância magnética), o livro até se arrisca a discutir o comportamento pouco ortodoxo do doutor Gregory House (Hugh Laurie). Os fãs do programa vão se divertir.

24 de maio de 2008

Super Namoradas

Atrás de um grande herói sempre existe uma grande mulher... Gwyneth Paltrow vive Pepper Potts em Homem de Ferro, Liv Tyler é Betty Ross em Incrível Hulk e Maggie Gyllenhaal interpreta Rachel Dawes no novo Batman – O Cavaleiro das Trevas, substituindo Katie Holmes (Batman Begins). As três atrizes posaram juntas para USA Weekend. Vale a pena conferir!


Patrick Dempsey Faz As Pazes Com O Sucesso

Ele fez um certo sucesso no papel de entregador de pizza que não só entregava as redondas mas satisfazia o desejo das clientes, uma delas vivida pela atriz Kirstie Alley. Isso foi no filme Loverboy - Garoto de Programa, em 1989. Quando chegou a década de 1990, Patrick Dempsey desapareceu. O garoto tinha apenas 23 anos, estava naquele momento ideal para ascender na carreira. Mas sumiu.

Quase duas décadas depois, já com 42 anos, Patrick Dempsey não só reverteu o que parecia inevitável - o fim da carreira artística - como se tornou um dos maiores símbolos sexuais de Hollywood, o que por lá significa muito dólares no bolso não só do ator, mas dos produtores que o colocam em seus filmes. Esse é o caso de O Melhor Amigo da Noiva, que estreou neste fim de semana no Brasil, após ficar quase um mês entre os cinco filmes mais vistos dos EUA.


Por incrível que pareça, o ator tem de agradecer à medicina pelo seu retorno. Patrick foi ressuscitado pela série de TV Grey’s Anatomy em 2005, na qual vive o Dr. Derek Shepherd. A série conta o dia-a-dia de alguns residentes em um hospital de Seattle. Ele é um dos chefes dividido entre a reconciliação com a ex-mulher, a ginecologista Dr. Addison (Kate Walsh) e a residente Meredith (Ellen Pompeo).


Por ser um médico sedutor em Grey’s Anatomy, Dempsey ganhou o apelido - dentro e fora da série - de Dr. McDreamy (algo como McSonho). O papel lhe rendeu duas indicações ao Globo de Ouro e o impulso para outros convites na TV e no cinema. Um deles é na produção infanto-juvenil Encantada, da Disney. Ao lado de Amy Adams, o ator vivia advinha o quê? Um nova-iorquino sedutor, claro.


E mesmo em Escritores da Liberdade (2007), um filme mais sério e adulto, o ator vivia o marido bonitão da professora Erin (Hillary Swank). “Aproveito todas as oportunidades que me aparecem, não posso desperdiçar bons convites nesta altura da carreira”, já declarou o ator com relação aos convites que subitamente voltaram a aparecer.

CURIOSIDADES:

- Patrick Dempsey tentou protagonizar a série House, também ambientada no mundo médico – só que com menos glamour e mais escracho. Mas, apesar de já ter voltado ao topo da carreira, não conseguiu passar no teste do papel que hoje é de Hugh Laurie.
- Emplacou um personagem gay, na participação na série Will & Grace, como o namorado de Will. Não foi o papel mais feliz de sua carreira, pois conta que o canal NBC recebeu diversas cartas de espectadores reclamando o fato de o ator ter aceitado o papel de um personagem homossexual.

- Pouco tempo depois, ele também fez um filme televisivo da NBC baseado no livro Crime e Castigo, de Dostoievski. Desta vez, sem ter entrado em conflito com os fãs.
- Na vida real, é viciado em participar de corridas de carros - apesar da não aprovação da mulher, a maquiadora de TV Jillian -, Patrick também coleciona antiguidades, adora reformar a casa e esquiar.
- Curiosamente, se casou pela primeira vez quando tinha 21 anos e sua noiva, Rocky Parker, tinha 48. Hoje, para a tristeza das fãs, passa bem longe das badalações de Los Angeles para ficar em casa, sossegado e longe dos paparazzi, ao lado dos três filhos, os gêmeos Darby e Sullivan, e a menina Talula.
- Apesar de ser um dos maiores símbolos sexuais para as mulheres, não foi de nenhuma musa de Hollywood que ele recebeu o maior elogio de sua vida. "Um dia, minha filha de três anos me disse: Você é muito bonito, papai. Foi o melhor elogio que eu recebi na vida".
(Créditos: Franthiesco Ballerini)

11 de maio de 2008

E O Rock Indie Chegou Às Paradas

Antes do início das filmagens de Juno, o cineasta Jason Reitman perguntou a Ellen Page, atriz principal do filme, qual seria a música predileta da personagem. Ellen sugeriu Moldy Peaches, dupla de música folk cujos integrantes se vestiam de rato e de marinheiro e que tinha terminado em 2003. Reitman gostou do material e recrutou Kimya Dawson, ex-integrante do duo, para colaborar na trilha - ela é responsável por sete das dezenove canções. A aposta deu certo: lançado há pouco mais de um mês, o CD alcançou a primeira posição na parada americana e vendeu 500.000 cópias. Tão simpático e excêntrico quanto o filme, o disco, contudo, não deve seus pontos altos a Kimya, e sim a outra cantora jovem, Cat Power, e a veteranos como Mott the Hoople e The Velvet Underground.
(Créditos: Revista Veja)