30 de maio de 2008

Sou Nerd, Mas Tô Na Moda

Você sabe o que é um nerd: aquele cara meio estranho, sem vida social, que adora ciência e tecnologia e tem hobbies obscuros (tipo colecionar gibis japoneses). Se alguém o chamar de nerd - ou de geek, um subtipo nerd, mais descolado e viciado em brinquedos tecnológicos, provavelmente não está fazendo um elogio. Ou está? Por incrível que pareça, o nerdismo está na moda. Olhe na TV e no cinema e você perceberá isso.

Atém o fim dos anos 90, as séries mais populares eram as comédias urbanas, como Friends e Seinfeld. Em 2008, muitos dos sucessos da programação têm uma queda nerd: seja solucionando crimes com alta tecnologia (os detetives de CSI), reinventando a medicina (o cabeçudo doutor de House), discutindo conceitos da física (as teorias por trás de Lost) ou criando computadores (em Heroes). Essa overdose científica não acontece à toa. É o resultado de uma tendência: a temática dá boa audiência e as emissoras resolvem investir mais dinheiro nela. Tanto que uma das maiores apostas para a temporada é a série The Big Bang Theory (‘A Teoria do Big-Bang’), onde os protagonistas, físicos do Instituto de Tecnologia da Califórnia, tentam conquistar garotas declamando conceitos da Teoria da Relatividade. No horário nobre.

“Agora, ser geek é legal”, anunciou o vice-presidente da rede NBC, que tinha Heroes e acaba de lançar Chuck, sobre um nerd que recebeu no cérebro o download de informações sigilosas. As pessoas comuns estão ficando mais nerds, e os nerds estão ficando mais normais. Isso não quer dizer, claro, que eles sejam totalmente normais. Alguns ainda estão longe disso. Imagine que, ao ver a namorada triste, o rapaz queira dizer algo para acalmá-la. “A vida é cheia de paradoxos. Como a luz, por exemplo. Ela é uma onda, mas aí veio Einstein e mostrou que ela também se comporta como partículas.” Ainda existem coisas que só meganerds, como o físico Leonard, protagonista de The Big Bang Theory, é capaz de fazer.

(Créditos: Bruno Garattoni)


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